segunda-feira, agosto 30, 2004

O Paraíso tem um nome, Porto Santo!

O Porto Santo não é para todos. É para quem pode. E ainda bem. Eu, felizmente, posso. E esta semana que faço questão de passar lá todos os anos no Verão, é a que se aproxima mais da vida que um dia gostaria de ter, lá mais para o fim dela. Agora não é possível. Quer dizer, até é. Mas agora, não. Eu sei, um dia pode ser tarde demais. Bom, seja o que Deus quiser. Adiante. Cheguei do Porto Santo ontem. E agora estou na Madeira. Ainda tenho os fusos horários trocados. Não parece, por estar tão próximo, mas o fuso horário do Porto Santo é completamente diferente do da Madeira. Pelo menos umas seis ou sete horas, a ver pela hora que me deitava todos os dias.
Praia, jantaradas, copos, muitos copos e claro, não era preciso dizer, mas tudo sempre muito bem acompanhado por amigos e família. É isto o Porto Santo. É assim que eu gosto de vivê-lo.

Momentos felizes no Porto Santo II

Momentos felizes no Porto Santo I


sexta-feira, agosto 20, 2004

«And the way I feel just makes me want to SCREEEEEEEEEEEEEEEEEEAMMMMMMMMMMMMMMMMM»

Acordei com um sorriso estúpido na cara. E continuo com ele. Há bocadito ia-me valendo uma boa estalada na cara, por parte de um namorado ciumento que pensou que eu estava a sorrir para a namorada. Bom, a verdade é que até estava. Mas isso não interessa para agora. O que interessa é o sorriso estúpido com que acordei hoje e que continua, mesmo depois de já ter me chateado, no trabalho, ao telefone com duas pessoas. E só há uma explicação para isto: FÉRIAS!!! VOU DE FÉRIAS!!! IUPIII!!! Só volto daqui a duas semanas. Ao blog, pode ser que volte antes. Pode ser. Não prometo. No entretanto, podem continuar a enviar pássaros exóticos, tremoços e copos de imperial para a mesa do costume...

quinta-feira, agosto 19, 2004

O pôr do sol da minha varanda com vista para o Ritz.

Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos já começaram há seis dias atrás e ainda não vi (quase) nada. Nem a abertura que toda a gente tem gabado e dito maravilhas, consegui ver. Só tenho apanhado os resultados nos noticiários. Mas hoje, lá consegui ver um bocadinho do jogo de Portugal contra a Costa Rica. E arrependi-me. Que vergonha. Hoje foi a selecção de futebol, ontem foi a dupla de voleibol a ir para casa. Duas equipas em que eu apostava para nos dar uma alegria, foram para casa. Isto a continuar assim, dentro de alguns dias já não temos português nenhum nas competições. Enfim, nada a que não estejamos acostumados. Valha-nos a medalhita de prata do nosso ciclista, Sérgio Paulinho. Essa já não nos tiram.

quarta-feira, agosto 18, 2004

Porque às vezes apetece dizer isto a alguém, mas como não me apetece dizê-lo a ninguém em especial...

«And if a double-decker bus
crashes in to us
to die by your side
is such a heavenly way to die
and if a ten ton truck
kills the both of us
to die by your side
well the pleasure, the privilege is mine»

Morrissey. Quem mais teria sido!

terça-feira, agosto 17, 2004

«Listen all of y'all...»



...este tem sido o disco que tem mais rodado nas minhas manhãs. Os magníficos Beastie Boys. Fico logo bem disposto e a saltar. Que é o que é preciso para aguentar esta última semana de trabalho - desculpem lá a insistência.

Este, sim, é o verdadeiro post desinspirado!

A cada dia que passa sinto o corpo mais cansado. E a carga de trabalho a aumentar. É o aproximar do ínicio das férias que provoca isto. É esta ansiedade. Não consigo pensar noutra coisa. Chatice. Será que vou conseguir resistir? Será que vou conseguir chegar ao fim da semana, sem antecipar as férias? Não percam os próximos episódios.

segunda-feira, agosto 16, 2004

Não tenho culpa. É segunda-feira!

Não tenho culpa se um estrangeiro, hoje de manhã, dirige-se a mim e pergunta-me onde fica a "gare autocar" e eu não sei responder-lhe, estando de costas voltadas para o Arco do Cego. Não tenho culpa. Era muito cedo. Para além do mais, o homem tinha bigode. Pode bem desenrascar-se sozinho.

A ver o Tejo passar. E a pescar.

domingo, agosto 15, 2004

Coisas que me irritam...

Quando alguém diz-me: "Isso é psicológico, páh!!" Só me apetece dar-lhe uma estalada. Claro que é "psicológico", mas não deixa de ser importante ou mesmo sentido. E... e o caraças, não digo mainada. Este post está a aborrecer-me.

«No fundo nunca quis ser nada. Há tanto para olhar!»

Disse JP Simões há pouco mais de duas horas num programa, sobre o seu novo projecto, o Quinteto Tati, na Sic Noticias. Um homem de uma simplicidade e um talento enormes. Eu, que já era fã, fiquei completamente rendido. E esta afirmação encerra uma das melhores filosofias de vida. E a que eu mais gostava de seguir.
E o disco do Quinteto Tati, continua a apanhar pó nas tabacarias deste país. É pena.

sexta-feira, agosto 13, 2004

O Douro

quinta-feira, agosto 12, 2004

Estas frases...

...ou citações que tenho colocado aqui pertencem a canções, a livros, a filmes e são coisas que me ficam, ou estão no momento em que as escrevo aqui, na cabeça. E que adorava ter escrito ou inventado. Geralmente, não coloco o autor. São os meus momentos de egoísmo. Que todos temos. E necessitamos. O colocar das aspas é suficiente para saberem que as palavras não são minhas. Mas se quiserem saber, basta perguntar. Eu também gosto de partilhar...

«I'd rather dance than talk with you»

quarta-feira, agosto 11, 2004

Olha, olha, saiu-me um hacker na rifa...

Um estafermo de um puto brasileiro anda a atazanar-me a vida. Desde o fim de semana passado anda a tentar fazer chamadas a pagar no destino para todo o mundo de borla. Segundo ele, o objectivo é por o mundo inteiro a falar. O sigilo profissional, coisa que está muito na moda, impede-me de revelar qual a maneira que ele tem usado e tentado para conseguir o seu objectivo. É claro, não tem conseguido, mas tem chateado. A principio, pensava-se tratar de um problema na rede - sim, trabalho numa empresa de telecomunicações. Fez-se tudo, testou-se tudo e nada. Nenhuma falha. Até que numa das chamadas, o puto revelou o que andava a fazer. E anda a gozar com a malta. A malta que trabalha e que tem de aturar estes "sacaninhas metidos a besta". Mas o sacana não sabe bem com quem se está a meter. Vou apanhá-lo. Ai vou. E se pudesse, partia-lhe os dentes todos. Depois queria ver ele falar com o mundo inteiro...

«I'm gonna play with the braids that you came here with tonight»

Ou seria brains?

Odeio os Toranja

Já não tem nada a ver com a música que fazem. Não gostar da música deles não é razão para os odiar. Não gostar gerava apenas indiferença. E assim estávamos todos bem. Eles para um lado a cantar e a tocar e eu para outro sem os ouvir. Duas vidas completamente separadas e sem nunca se interceptarem. Enfim, tudo perfeito. Até agora. Não é que “as meninas” Toranja resolveram mover um processo de difamação contra o Blitz? Só porque o jornal disse que eles andavam a plagiar Jorge Palma. Não li, provavelmente, como era sobre os Toranja não tive com paciência para ler e não tenho o Blitz aqui para comprovar. Admito que plagiar talvez não seja o termo correcto. Não é. Mas é sem dúvida uma cópia mal feita e demasiado repetida de Jorge Palma. Mas não é só. Os Toranja – nome mais rídiculo para uma banda - dizem que não é só por isso. É também por desde o inicio de carreira terem sido alvos de críticas por parte do mesmo jornal. O que é ainda pior, sendo o Blitz um jornal de opinião, não tem de agradar a ninguém. As opiniões são subjectivas e dependem das pessoas que as emitem. É ler e calar. Não é, repito, não é razão para processos de difamação. Nem razão para andar a gastar dinheiro aos contribuintes com processos no tribunal só por que enganaram-se numa palavrinha e porque os Toranja são “umas meninas” que não conseguem aceitar criticas más. Aliás, tudo o que seja processo de difamação irrita-me. E este ainda mais, por serem os Toranja.

P.S.: Ahh e também irrita-me aquele ar de menino mal comportado e de militante do bloco de esquerda que o vocalista tem. Agora, processem-me.

A visitar...

...por quem gosta e aguarda com ansiedade pelo segundo albúm de Interpol. E não é tudo. Este sítio ainda esconde outras surpresas bem agradáveis.

Post íntimo...

Querem fazer um homem (um pouco mais) feliz? Só vos digo isto, cuecas Calvin Klein. Ouviram? Não? Vou repetir. E bem alto. CUECAS CALVIN KLEIN. Comigo resulta. Aconchega e não aperta.
Pronto. Este foi o post mais íntimo possível.

Neblina na Zambujeira do Mar (às 13 horas e 24 minutos do dia 7 de Agosto de 2004).

terça-feira, agosto 10, 2004

«Hei, PUNK... make my day!!!»

Sudoeste, até para o ano!

Ao contrário da última vez que acampei no Sudoeste, desta vez não tenho nada a reclamar. Até sanitas de loiça havia. Longe vão os tempos, em que não havia quaisquer diferenças entre a zona dos duches e um lamaçal. Condições, sem dúvida, muito melhores que há quatro anos atrás. É certo, não é nenhum hotel de cinco estrelas. Mas também não é preciso. Para o ano estou lá outra vez, se Deus quiser.

Isto não pode ser só sorte. Deve haver aqui alguma arte...

Montar a tenda, com os copos, às três da manhã de maneira correcta, ao lado da tenda de duas raparigas giras e simpáticas e próxima da duns belgas com droga para dar e vender.

Algumas impressões dos concertos...

Massive Attack, começa a ser repetitivo. Foi a quarta vez que os vi. Acho que só há mais uma banda que tenha visto mais vezes que os Massive, os GNR. São sempre bons, mas começo a ficar cansado.
Love sem Arthur Lee. Ao que parece o psicopata ficou em casa. Não conseguiu apanhar o avião. A banda fez o que pôde. As canções ajudam. São e serão sempre eternas. Mas soou a banda de covers.
Ash, entraram a abrir e fecharam a abrir. Só tenho pena de não terem tocado mais canções do primeiro albúm. Ainda assim, tivemos "Kung Fu" e "Girl from Mars".
Zero 7, morno. Fez-me lembrar porque razão eu cansei-me do disco de estreia deles. É engraçadito, mas nada mais para além disso. Um aplauso especial para as vocalistas. Lindas.
Da Weasel, outro caso de sucesso neste Sudoeste. A par do concerto de Franz Ferdinand, foi o mais animado. E eles já mereciam tocar a horas decentes.
Groove Armada, a pular. E pouco mais que isso. E já é cansativo.
Loto, segunda vez que os vejo. Cada vez gosto mais. Estes miudos merecem o sucesso que têm tido.
Tim Booth. Ficava a noite inteira a ver este gajo a dançar. Há ali qualquer coisa de irresistível no modo como se contorce. Foi pena a chuva. Senão teria tido uma grande multidão a dançar com ele.
dEUS. Um dEUS um pouco confuso e trapalhão. Mas uma confusão e uma trapalhada inocente. Bom concerto a abrir o apetite para o novo albúm que aí vem.
Air. Definitivamente, prefiro escutá-los nos discos e no conforto do lar. Ao vivo, o som perde-se.
E foi isto, quanto a concertos. Para o ano há mais.

Quem se lembra de quem era Franz Ferdinand, depois de ter assistido a um concerto dos Franz Ferdinand?

O arquiduque já foi à vida. O momento é dos Franz Ferdinand. E que momento. E que sorte temos em estar vivos para assistir a concertos assim. O estilo, a pose, as roupas e acima disto tudo as canções. Ah, as canções, ao vivo ainda são melhores. Refrões perfeitos, melodias contagiantes, uma actuação energética e um público completamente rendido. Awesome.
O momento perfeito, o que antecede a entrada do refrão mais original e cativante dos últimos anos - aquele que reza assim «Ich heisse super fantastische, Ich trinke champers mit lachsfisch» - com toda a banda, estática e a transpirar estilo por todo o lado, reunida à volta da bateria. Essa imagem ficará para sempre retida na minha memória. E não há formatação que apague.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Take me out, take me to Sudoeste...

Ou então o post que serve para fazer inveja ao meu querido amigo Vitor Hugo. Como já devem ter reparado o post anterior, sobre o inventário, foi uma pequena brincadeira, pois não fumo, pelo que não preciso de levar cigarros. Mas a verdade é que hoje à tarde ponho-me a caminho da Zambujeira para mais um festival. Vou pela terceira vez. E tenho dito sempre que não volto. Aquilo é violento e fico farto e a praguejar o mundo inteiro e a mim próprio por ter ido. Mas não consigo resistir quando surge a oportunidade de ir. E mais uma vez, não consegui resistir à tentação.
Este ano o cartaz tem nomes fortíssimos. Estou curioso, ou melhor, ansioso por ver os Franz Ferdinand. Sem dúvida, a grande banda pop deste ano. Outra grande banda será os Love. Banda mítica dos anos 60 e com um vocalista, completamente marado, a julgar pelas últimas entrevistas que ele deu e eu li. São os primeiros a actuar no Sábado. O que compreende-se por não serem muito conhecidos. E no Domingo para fechar, Air e Kraftwerk. Air já os vi na Zambujeira e não gostei. Não é ambiente para aquela música. Vamos ver este ano. Kraftwerk, provavelmente, não vou poder ver. Com muita pena minha. Será na hora de retornar a Lisboa. Até lá,... have a very nice weekend, because I will.

Um pequeno apontamento político e não só...

..sobre a saída do Cardoso e Cunha da TAP: muito bem feito!! Estou contente. Anda o brasileiro a fazer pela TAP, o que ninguém conseguiu fazer em 30 anos, e este badameco do Cardoso e Cunha sempre a empatar. Agora, só espero que o brasileiro e a sua equipa se mantenha. E ponha a máquina a voar como deve ser.
Já que estou com a mão na massa, não posso deixar de referir que aquelas sandes que são actualmente servidas a bordo, nos voos de curta e média duração, não são más, mas eu gostava mais do tipo de refeição que era servido anteriormente. Apelava mais ao copinho de vinho. Srs. administradores da TAP, se me estiverem a ler, espero que levem isto em atenção. Obrigado.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Pequeno inventário de coisas a levar para a Zambujeira, amanhã à noite.

-tenda
-saco-cama
-preservativos
-cigarros
-cerveja
-whisky

Pronto. Mas tenho a impressão que estou a esquecer qualquer coisa...

Umas perguntinhas...

Quanto tempo é que uma pessoa sozinha, que não fuma e que não tem nada para ler, deve poder permanecer num café sem se sentir mal? Meia-hora, uma hora, cinco minutos ou deve apenas tomar o café e ir embora? Será que esta pergunta tem razão de existir? Ou serei eu, que ando a passar demasiado tempo no café?

Henri Cartier Bresson R.I.P.

No ínicio da semana morreu Henri Cartier-Bresson, mestre da fotografia. Só ontem é que a sua morte foi divulgada. Só hoje é que falo disso aqui. Tenho alguns livros de fotografia e sem dúvida as suas fotografias estavam entre as minhas preferidas. Pareciam tão simples de tirar, mas praticamente impossíveis de repetir. E o mais engraçado é que ele só usava uma Leica com uma lente de 50 mm. Nada de tele-objectivas ou grandes angulares caríssimas. Nada disso. Só uma lente de 50 mm. Impressionante. Este sim, era um Fotógrafo.

quarta-feira, agosto 04, 2004

The coolest man on earth



Em escuta esta noite. É um bom disco para escutar à noite. Aliás, acho que a noite cria o ambiente perfeito para ouvir a voz de Leonard Cohen. Mas o que queria dizer não tem nada a ver com música, mas sim com a capa deste disco. Outro gajo qualquer ficaria rídiculo, numa fotografia a comer uma banana, como capa de disco. Mas este gajo é Leonard Cohen. Escritor, compositor e cantor. E, como se não bastasse, é um dos homens mais cool deste mundo. Mesmo a comer bananas.

P.S: E já vos disse que sai novo albúm do mestre no dia dos meus anos? Aceitam-se presentes.

terça-feira, agosto 03, 2004

Há dias assim!

Dias em que uma pessoa vai ao café e vem para casa com um bilhete oferecido para o Sudoeste. Pois é. Há dias assim. Dias felizes. Ah, e os amigos também são importantes. Sem eles, não havia destes dias. Obrigado.

«And if you're so clever, then why are you on your own tonight ?»

A ditadura da Mona



A verdade é que nunca percebi o que move os investigadores na busca da identidade da mulher do quadro. Hoje li mais uma noticia, de um investigador que ao que parece conseguiu identificá-la. Honestamente, não me interessa. É um quadro interessante. Eu, que de arte (pouco) nada percebo, até consigo ver isso. E consigo situar este quadro num contexto histórico em que trouxe muita inovação, em termos de técnica e tudo o mais. E até já encontrei várias explicações para a identidade desconhecida e o seu sorriso enigmático. Aqui, pode-se ler uma das mais engraçadas. Mas apesar de tudo, continua a parecer-me que tem sido um quadro por demais -até tenho medo de dizer - sobrevalorizado. Pronto. Já disse. Podem atirar pedras.

Isto...

ainda vai dar merda! Por mim, invadia-se já. Era mandar para lá o Rambo e estava tudo resolvido. Era trigo limpo. Mas brincadeiras à parte, eu, tal como a maior parte das pessoas, também estou indignado. E ainda não vi imagens nenhumas. Mas pelo que leio e pelo que me contam, uma pessoa fica horrorizada. Sou da opinião de que não se devia esperar muito mais tempo para intervir. Mas isto sou eu que digo, que estou aqui sentadinho numa bela cadeira giratória, com o computador à frente, com aparelho de ar condicionado, com máquina de café e um bidão de água potável natural e fresca. E tudo isto ao alcance de um raio de 10 metros, se tanto. Pelo que não convém levar muito a sério o aqui se escreve.

segunda-feira, agosto 02, 2004

O inominável também se engana!

Ontem, quando disse que Vitor Sá tinha sido o primeiro madeirense a ganhar o Rali Vinho Madeira, menti. Não é verdade. Foi a segunda vez que tal aconteceu. A primeira foi há 29 anos pela dupla Janica Clemente/Miguel de Sousa. Fica aqui a correcção. Espero que me perdoem.

E esta foto podia se chamar a foto de um escritor de quem nunca li nada.

Podia, mas não vai ser. Vou-lhe chamar, Simplesmente, Camilo.


Simplesmente, Camilo

domingo, agosto 01, 2004

O que aconteceu ao Rali Vinho Madeira?

Quando era mais novo, adorava o Rali Vinho Madeira. Adorava esta altura do ano. Pois, para além de estar em férias, havia esta grande festa em torno do Rali. E que começava semanas antes da prova começar. Era a chegada das máquinas ao porto do Funchal. Eram as provas durante a noite. Era o barulho insurdecedor dos carros, que fazia o coração saltar de emoção. Eram os treinos dos pilotos. E eram as duas italianas boazonas que conduziam um Lancia Rally. Enfim, tudo coisas que me levavam a aguardar com ansiedade por esta altura do ano. Vibrava com isto tudo. Mas, e este mas é importante, isto tudo foi há 20 anos, atrás. E o tempo avança e não perdoa.
Hoje em dia, toda a emoção do Rali, deixou de ter qualquer sentido e emoção para mim. As máquinas já não impossíveis de ter. Tirando o motor, são carros normais, que vemos todos os dias na estrada. Citroens, Peugeuts, Ford's... Onde estão as máquinas lindas que só podiam ser nossas em sonhos? Onde estão os Porsches, os Lancias, os BMW's? Onde estão aqueles carros feitos apenas para correr e não para passeio? A ditadura do comércio acabou por vencer. Os fabricantes já não investem em grandes bombas. Não vende. Já não existem provas de classificação durante a noite. Alegaram insegurança e cansaço dos pilotos, pelo que retiraram essas provas. Perdeu-se cinquenta por cento da emoção. O barulho, que se fazia ouvir a mais de 10 km, deixou de se ouvir, porque os fundamentalistas do ambiente, acharam que era prejudicial para a saúde das pessoas e os fabricantes foram sendo obrigados a reduzir o barulho. Parvalhões. Estragaram o Rali, tal como eu gostava de ver. Atenção, não digo que não gostasse que o Rali não tivesse evoluído ao longo destes tempos, mas não desta forma. Não tão comercial e politicamente correcto. É pena.

P.S: Só por curiosidade, neste fim de semana, pela primeira vez na história do Rali Vinho Madeira, foi um madeirense quem ganhou a prova. Parabéns, Vítor Sá.

«Get into the groove»

Não é dia 13, nem nas filas da frente. Mas dia 14 de Setembro, a Madonna pode contar comigo. I'll be getting into the groove with you, my dear Madonna.

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