segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Quando é que este dia acaba?

Isto hoje não está fácil!!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Brokeback Mountain

Filme sensação do ano, nomeado para 8 óscares. É realizado por Ang Lee, o mesmo do Tigre e o Dragão, que ganhou o óscar de melhor filme estrangeiro há uns quatro ou cinco anos. Portanto, não falamos de nenhum novato.
Basicamente, retrata a história de dois cowboys do interior conservador norte-americano, gajos duros, portanto, que começam a trabalhar juntos e vão construindo uma relação que cresce até se apaixonarem um pelo outro. Chegado ao fim da época de trabalho, separam-se e vai cada um à sua vida até ao dia em que reencontram-se e começam os problemas.
Quando saí deste filme, tinha gostado mas sem ficar deslumbrado. No entanto, horas depois, não consigo encontrar um único ponto fraco no filme. Está tudo no lugar certo. Narrativa bem construída, interpretações excelentes, bela fotografia e uma sensação de que a qualquer momento uma tudo vai desmoronar, mas não se sabe como, nem por que lado. Muito bom. Dêem-lhe os óscares!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Munique

Novo filme de Steven Spielberg. Desta vez sobre o ataque terrorista nos jogos olímpicos de Munique em 1972. É um bom filme de acção com alguma violência não recomendada a pessoas muito susceptíveis, mas que eu gosto. E que, no fundo, dá uma visão neutra da atitude que Israel tomou após o ataque, levantando mais questões sobre a melhor resposta a dar aos ataques terroristas.
Tem boas interpretações, mas sem nada de excepcional. O filme também não pede isso, apenas competência. Escusado seria a cena lamechas já no final do filme entre o casal principal.

Cave of the Tigers (IT/KR) + Nuno Rebelo + Marco Franco (PT) @ ZdB

Cave of the tigers é um duo de Gianni Gebbia, saxofonista, um dos melhores que andam aí a tocar neste momento, com a sul-coreana Audrey Chen, violencelo e voz. Tocaram no passado Sábado, dia 11, com os músicos portugueses Nuno Rebelo - guitarra, discos, limas, serras, cordas, enfim, o homem produz som só com as pestanas se for preciso - e Marco Franco, baterista. Foi basicamente uma sessão de improvisação com muitos elementos de free jazz. Uma primeira parte morna com destaque pela negativa para a sul-coreana cuja voz por vezes abafava os restantes intrumentos, o que fazia com que a soma das partes fosse menor do que as partes. Na segunda parte, estiveram perto do céu. Tudo no sítio certo com um saxofone tremendamente sexy, a percussão a conduzir, Nuno Rebelo a fazer de mágico criando sons do nada e um violoncelo sempre a pairar, umas vezes melancolicamente, noutras agressivo, mas sempre na altura e na medida certa. Mágico.

Osaka_Santo_Tirso_Bendcore_Sessions @ Zdb

Os japoneses estão a atacar, mas tirando um ou outro caso pontual, não trazem grande armamento. Devo confessar que com tantos projectos japoneses que passaram na sexta pela zdb eu baralhei-me e já devo andar a trocar os nomes a todos. Pelo que pouco vou disser sobre esta noite. O som andou entre o noise, happy noise com guitarradas heavy metal por vezes. Destaque especial para o guru desta onda japonesa Ove Naxx, que fazia música através de três ou quatro game boys. Destaque ainda para o inglês que com o seu noise criava melodias bem cativantes. Os portugueses Dance Damage estão numa onda gang gang dance ou loosers e não sei para que lado vão. Oxalá, se orientem. Quanto aos restantes, foi engraçado mas pouco mais que isso. Fica aqui a lista só para não esquecer:

Ove Naxx (JP)
Dance Damage (PT)
DJ Scotch Egg (JP)
Doddodo (JP)
Maruosa (JP)
Distest (JP)
Gulpesh (JP)
Horacio Pollard (UK)

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

O leopardo



Fui ver um filme do Visconti. Sabe bem, dizer isto. É uma reposição actualizada de um filme da década de 60, que retrata os últimos dias da vida de um principe da Sicilia, por alturas da unificação da Itália. Brilhante retrato da época e dos seus costumes, bem como do novo-riquismo que apareceu nesta altura. Quase que poderia dizer, salvaguardando as distâncias respectivas que neste filme Visconti estava para o cinema, como Eça de Quirós esteve para a literatura com as suas críticas sociais. Burt Lancaster representa na perfeição o príncipe rigoroso e duro, mas honesto e inteligente. Resta dizer, que é mais um daqueles filmes perfeitos e que entrou logo para o meu top 5 de filmes de sempre - devo só salientar que este top tem mais de 100 filmes e felizmente continua a crescer.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Coisas que me irritam...

É irritante quando alguém pergunta qualquer coisa e logo de seguida acrescenta "se não fôr indiscrição". Esta mania do politicamente correcto para tudo irrita.

Diggin' @ Trem Azul

Mais um concerto de jazz na Trem Azul. Este ano tem me dado para isto e confesso que estou a gostar bastante e tenho muito por descobrir. A sensação que fico quando entro numa loja como a Trem Azul é de ignorância em noventa por cento dos títulos disponiveis. Como dizia um amigo meu, era entrar de carrinho de supermercado ali e encher. O problema é a falta de tempo para ouvir tudo o que deve ser ouvido. Enfim...
Passando ao concerto, Diggin' é um trio composto por Alípio Neto (saxofones), Carlos Barreto (contrabaixo) e Rui Gonçalves (bateria), que sem qualquer ensaio tocou para uma pequena plateia pela primeira vez como grupo, e que surpreendam-se, ou não, praticamente não se notaram falhas, isto dito por quem da coisa percebe, porque a não ser que seja muito descarado, eu não consigo reparar. Tocaram aproximadamente uma hora e num registo de jazz melódico, mas por vezes com muito ritmo. Quer dizer, acho eu, pois já não me lembro bem, coisa que me leva a pensar se devia escrever alguma coisa sobre um concerto de que praticamente já não me lembro.

T.E.C.K String Quartet @ Trem Azul

Foi no dia 6 de Fevereiro à tarde, uma segunda-feira, parece-me. Casa cheia na Trem Azul - até bar havia ou pelo menos imperial - para ver, principalmente, o grande guitarrista Elliot Sharp, nome grande da improvisação e não só. No entanto, quem se destacou foi Tomas Ulrich, cujas caretas, acompanhavam a música que fazia por vezes em ritmos loucos. No global, grande concerto de free jazz e improvisação.
Os TECK (iniciais de cada um dos nomes dos elementos) eram:
Tomas Ulrich - violoncelo
Elliott Sharp - guitarras acústicas
Carlos Zíngaro - violino
Ken Filiano - contrabaixo
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