segunda-feira, outubro 24, 2005

Animal Collective, o acontecimento alternativo do ano?

Era para ter sido num cacilheiro. Não foi. Segundo explicações de membros da zdb, não foi devido à avaria nos dois cacilheiros maiores. Em alternativa, foi num barracão no Ginjal. Mas um senhor barracão, atenção! E que devia ser usado mais vezes pela Zé dos Bois, pois o espaço é magnífico.
Fomos até lá de cacilheiro e devo dizer que foi a melhor travessia que já fiz no Tejo. Montes de gente conhecida, boa disposição e uma enorme expectativa pelo concerto que se avizinhava. Chegados a Cacilhas, saímos do barco em romaria durante uns bons 10 minutos até ao barracão, sempre junto ao rio. Tudo isto sempre sem saber bem para onde é que íamos.
Dentro do barracão, um espaço enorme, com as infraestruturas do tecto à mostra e as paredes mal acabadas forradas com cartazes antigos da zdb. Simplesmente, perfeito para a ocasião.
A primeira parte começou com o Anla Curtis, um argentino, adepto da experimentação na guitarra. Não me convenceu por aí além, mas gostei de algumas coisas. Tenho de ouvir melhor.
Depois vieram os Animal Collective. Ainda a música do DJ tocava, mas logo fizeram esquecer a música que estava a dar. Sons marados, danças índias, microfones adulterados para sobreposição de vozes e ruído, muito ruído, tudo isto entre guitarras, sintetizadores artesanais e percurssões fortissimas. Foram estes os ingredientes. O resultado: um alinhamento composto por canções novas, metade do magnífico novo disco com destaque para a Grass e o Purple Bottle e ainda espaço para uma do sung tongs do ano passado. Hora e meia da melhor música que se faz actualmente. Foi aberto mais um capítulo na música pop. Um dos mais bonitos. Não vou esquecer este concerto tão cedo.
Nota negativa para o público. Muito parado e intelectual. Começam a chatear. A música pop, tem como objectivo primário divertir. No dia seguinte, é que se pensa sobre isso. Não na hora, caraças!!
As fotos possíveis com o telemóvel:

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