quarta-feira, outubro 06, 2004

As máquinas têm sempre razão, sim senhor!

As passagens ou torniquetes do metro até funcionam bem. Os problemas que por vezes acontecem são, na maior parte das vezes, culpa das pessoas. Que são distraídas, teimosas, impacientes e muito mal educadas. Hoje por exemplo, vi duas pessoas ficarem espremidas numa daquelas passagens mais largas. Daquelas em que é possível passar quer para um lado quer para outro. Parece cómico. E até é, para quem está de fora a observar, claro. Acredito que para quem leva com a porta não deve ser nada agradável e muito menos engraçado. Nisto das coisas que têm piada, a teoria da relatividade continua a ser válida. Tudo depende do ponto de vista. Mas a culpa é somente dessas duas pessoas. Uma delas devia ter dado prioridade. Qual, não sei. Sendo duas senhoras, talvez a mais nova devia ter cedido. Mas não, quiseram passar as duas. Ora, sabendo como funcionam as portas, era de esperar que ficassem entaladas, pois assim que um dos detectores, situados logo a seguir à porta - em ambos os sentidos - detecta a passagem de alguma coisa, nos instantes seguintes a porta é fechada. O que deve ter acontecido é que uma das pessoas passou o passe, activando o detector de passagem do outro lado e abrindo a porta. A outra pessoa que se encontrava do outro lado, vê a porta aberta e decide avançar. O sensor detecta a passagem desta, como se fosse a pessoa que tinha apresentado o passe e manda fechar a porta. Resultado, encontraram-se todos a meio, a primeira pessoa, a do passe, a segunda, que avançou quando devia ter ficado quieta e a porta que se fechou, esmagando-as. A culpa, nitidamente, é da pressa das pessoas. Pressa esta que degenera em maus comportamentos sociais. Como foi este o caso. Não é grave, mas se estivermos com alguma paciência, coisa que hoje até tenho, mas não vos vou maçar com isso, e formos analisar isto bem, provavelmente chegamos à conclusão, que são comportamentos destes que põe em risco a vida de milhares de pessoas na estrada, todos os dias. Mas isso são outras histórias. O meu conselho, tenham cuidado, esperem e deixem passar. Mais vale perder quatro ou cinco segundos, do que levar com uma porta no focinho. Ou pior.
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