Dois discos grandes a ter em contas nas listas de melhores de 2006

Flaming Lips - At war with mystics

Capa belíssima. Começa logo com umas das grandes canções do disco, o yeah yeah yeah song. É certo que não é nenhuma race for the prize - melhor ínicio de sempre de um disco -, mas é uma canção pop muito bem construída e imediata, com uns vocais lá para meio a fazer lembrar algumas coisas de animal collective. Para o pessoal que não partilha do mesmo entusiasmo que eu sobre os AC, não se preocupem, trata-se de apenas uma opinião pessoal sobre cerca de 10 segundos da canção. A segunda canção também me seduziu, é muito cool com uma voz a fazer lembrar Prince. Outras canções que gostei muito foram: Vein of stars, Mr. Ambulance driver - a minha preferida -, Pompeii am gotterdammerung e a Goin'on. Curiosamente, tirando o pompeii...são tudo belas canções pop, a puxar mais para o trá-lá-lá do que para cenas mais estranhas.
É disco para ouvir muitas vezes mais este ano.

Liars - Drum's not dead

Mais acessíveis que nunca. Mas ainda com uma grande veia experimental a pulsar, pelo menos no que respeita a concepção do disco. Tem para já duas das minhas canções do ano, "It fit when I was a kid" e "Visit from drum". A primeira deu origem a um single controverso, graças à sua capa...

Percebe-se o porquê da censura, não?

Receitas da avó - Bolo de ananás

Depois de um longo interregno nesta coisa das receitas, o chef Inominável, que de chef não tem nada, mas gosta de se armar, aventura-se de novo na escrita de mais uma receita culinária. Desta vez escolhi um dos bolos que minha avó faz e que é simultaneamente um dos mais fáceis de fazer e um dos que mais gosto. O que diga-se dá muito jeito, visto que o escriba é um guloso de primeira.
Mas passando à receita, começa-se por partir nove ovos e separa-se a gema da clara, colocando-as em recipientes distintos. Se não sabem como se faz, também não sou eu que vou explicar, mas não é dificil. Começa-se por bater as claras em castela. Concluindo, junta-se as gemas, cerca de 3/4kg de açucar, a calda do ananás de conserva e mexe-se muito bem. Um àparte a propósito do ananás, podem usar ananás fresco, mas depois não têm a calda, que considero essencial para dar gosto ao bolo. Bem, adiante, depois da mistela anterior estar bem misturada junta-se meio kg de farinha e três colheres de chá de fermento royal. E volta-se a pôr a batedeira a trabalhar. Depois de bem mexido, é altura de meter as mãos no fogo - salvo seja - para preparar a cobertura do bolo. Para tal, é necessário preparar o caramelo. Deitar o quarto quilho de açucar restante e manteiga q.b. num tacho e levar ao lume. Deixar derretar e mexer muito bem. Atenção, para não deixar queimar, visto que uma pequena desatenção é suficiente para que o caramelo passe de caramelo a carvão. Deitar o caramelo no tacho - aconselha-se tachos anti-aderentes - que levará o bolo ao forno. De seguida, cobrir o fundo com rodelas de ananás, tendo a atenção de deixar uma rodela de fora para o cozinheiro, visto que depois de tanto esforço a fazer o bolo, este merece ser compensado enquanto o bolo está no forno. Pode-se, agora, deitar a massa sobre as rodelas e o caramelo já no fundo, tendo o cuidado de deixar uma margem no tacho para o bolo crescer. Levar ao forno a 180/200º durante 45 minutos.
Depois, é comer. Mas não sejam gulosos, deixem arrefecer.

Então, recapitulando,...

...por uma questão de registo e porque não tem havido tempo, nem cabeça, para escrever o quer que seja por aqui, aqui fica a lista dos últimos concertos que vi:

Blood safari(7/10) + Monkey Island (6,5/10) na ZDB - dia 15 de Fevereiro
Nobody's Bizness (8,5/10) no Catacumbas - dia 16 de Fevereiro
Harris Newman (8/10) + PCF Moya (7,5/10) na ZDB - dia 17 de Fevereiro
Pop Dell'Arte (9/10) na ZDB - dia 18 de Fevereiro
Selfish Cunt (8,5/10) no Maxime - dia 18 de Fevereiro
Goodbye Toulose (6/10) + Lemur (8/10) no Lounge - dia 23 de Fevereiro
Yellow Swans (9/10) + Za (8/10) na ZDB - dia 24 de Fevereiro
The Weatherman (6,5/10) no Lounge - dia 25 de Fevereiro
Jana Hunter (7,5/10) + Castanets (7/10) na ZDB - dia 27 de Fevereiro
Pelt (6,5/10) na ZDB - dia 3 de Março
Tara Jane O' Neil (7/10) + The Secret Society (8/10) na ZDB - dia 4 de Março
Sir Richard Bishop (9,5/10) na ZDB - dia 10 de Março
Manta Rota (6,5/10) + Loosers (8/10) no Maxime - dia 11 de Março
Nobody's Bizness (8/10) no Catacumbas - dia 16 de Março

Se quiserem conhecer a canção que me levou a abrir o post anterior...

...é favor seguir o link.

Atenção, cuidado, pode ser perigoso! É um daqueles otovermes chatos, mas que me traz muito boas recordações!

Foda-se, até me vieram lágrimas aos olhos quando vi isto...

no Fórum Sons. É um dos discos que mais recordações de infância me traz, mas que com o tempo esqueci-me do nome da banda, bem como da música. Mas agora fica mais fácil relembrar, coisa que está a ser tratada neste momento. Estou ansioso por voltar a ouvir. Já conto os minutos.

Walk the line

É a história de Jonnhy Cash, o homem de negro. Ou pelo menos parte da história. Não chega à parte do esquecimento a que foi votado durante os anos 80, bem como a sua ressuscitação artistica nos anos 90 por Rick Rubin. Retrata apenas os anos 50 e 60, o ínicio de carreira, o declínio por causa das drogas, a sua recuperação e a sua paixão por June Carter. Peca por não mostrar tanto o trablho do artista, mas sim a sua vida sentimental. Compreensível, pois trata-se de um filme para as massas. Há que puxar pela lágrima do espectador. Bom filme - que ouvi dizer, contém alguns erros históricos - , sem muito de excepcional mas com grandes interpretações dos actores principais. Ali, não houve playback ao que parece.