sábado, julho 31, 2004

Eu vi o Senhor, eu vi Zeus!

Juro. Ontem à tarde no aeroporto de Lisboa. Devia ter tirado uma fotografia. Mas pensei, "Que se lixe na internet deve haver muitas imagens do pai dos deuses, que não vale a pena conhecer a ira de Zeus, só por causa de uma simples fotografia!" Mas era de certeza ele. Com cabelo comprido, uma barba toda encaracolada e uma bela barriga de chefe. Não podia ser outro. Vinha acompanhado por duas belas raparigas. E todos nós sabemos, que Zeus tinha como hábito descer aos mortais, disfarçar-se e engatar belas mortais. O que até acho um passatempo engraçado, diga-se. Mas pelos vistos, o deus já não se disfarça. Percebeu que não era preciso. Mesmo que dissesse quem era, ninguém o levaria a sério. Provavelmente, seria internado. Mas, eles andam aí. Eu vi.

sexta-feira, julho 30, 2004

E amanhã, quando acordar...

...terei o Funchal aos meus pés. Assim.

quinta-feira, julho 29, 2004

No outro dia,...

...uma pessoa chegou ao pé de mim e disse-me que eu não parecia nada com o aluno típico - neste caso é ex-aluno - do Técnico. Não percebi bem o que ele quis dizer com isto, mas tomei como um elogio.

quarta-feira, julho 28, 2004

Oops...sorry!



Que tristeza. A planta que minha mãe tinha comprado para mim, morreu. E eu sou o maior responsável pelo seu desaparecimento. Não soube tratar convenientemente dela. Esquecia-me, frequentemente, dela. E agora, foi-se. Chatice.
Mas tudo isto levanta uma questão mais grave, se nem de uma planta consigo cuidar, o que será dos meus filhos?

terça-feira, julho 27, 2004

Em rotação e com o volume no máximo para desgosto dos vizinhos e transeuntes...



Já não ouvia este disco há muito tempo. Tinha saudades. Tantas que até estou a pensar comprar o resto da discografia destes bêbedos. Só tenho este. E nem a propósito, o MEC, hoje no Blitz, fala disso mesmo, daquela vontade que nos faz gastar rios e rios de dinheiro só para podermos ouvir tudo o que um artista fez. Até o mais horrível dos arrotos. E não descansamos até termos tudo. TUUUUUUUUUUUUUUUDDDDDDO.

O Castelo da Cerveja.

Amanhã começam as festas da cerveja no Castelo de S. Jorge. E com este calor, aposto com quem quiser, que não vai haver melhor lugar para estar nos próximos dias.

Agente Triplo



Fui ver esta noite o filme "Agente Triplo" ao Nimas. Gosto daquela sala. Gosto muito de salas de cinema isoladas. Que não têm mais de três ou quatro salas ao lado, ou que não estejam em centros comerciais. Infelizmente, já escasseiam. Enfim, é o progresso.
Quanto ao filme, é a história de um espião russo e da sua mulher durante o período de jogadas políticas que antecederam o ínicio da segunda guerra mundial. Um espião que parece querer agradar a todos e a nenhum, ao mesmo tempo. E a relação deste com a sua mulher. Em resumo, porque quero ir dormir, um filme muito instrutivo - do ponto de vista histórico - e interessante - do ponto de vista psicanalítico. Quer dizer, pelo menos pareceu-me assim.

E está outra vez tudo a arder...

Quinhentos fogos em todo o país!! Acabei de ouvir na Sic Notícias. E todos os anos a mesma coisa. Começa o Verão, começam os incêndios um pouco por todo o lado. E pelas minhas memórias - que são muito poucas e fraquinhas, diga-se - acontece desde sempre. Não, não vou dizer nada de novo. Nem tenho soluções para combater estas desgraças. Nem vou culpar o governo. Não, não vou fazer nada disso. O que eu quero saber, é o que leva um gajo a deitar fogo a uma serra? O que um idiota destes pensa? Será por dinheiro? Será loucura? Não consigo perceber e perdoar, nunca. Porra. E ainda querem que um gajo tenha esperança na humanidade...

Sugestão cultural no horário de trabalho.

A propósito de Oscar Wilde, se quiserem ler alguma coisa e não estão com vontade de gastar dinheiro, é só seguir o link. Está lá quase toda a obra de Wilde. Especialmente, nestes dias de Verão, em que praticamente as empresas param e não há muito para fazer no trabalho, aconselho-vos a leitura de algumas peças e contos. É o que tenho feito.

Well, I must say, that although this was written about one hundred years ago, it could be written today. Don't you think so, my dear?

JACK
I am sick to death of cleverness. Everybody is clever
nowadays. You can't go anywhere without meeting clever
people. The thing has become an absolute public nuisance. I
wish to goodness we had a few fools left.

ALGERNON
We have.
JACK
I should extremely like to meet them. What do they talk
about?

ALGERNON
The fools? Oh! about the clever people, of course.
JACK
What fools!

The importance of being Earnest, Oscar Wilde.

segunda-feira, julho 26, 2004

Isto de escrever com uma fonte bem grande é giro e tem piada. Mas acaba por se tornar um pouco irritante, visto não ser fácil de ler, pelo que não volto a repetir isto.

domingo, julho 25, 2004

Melhores discos do ano esta semana...

...para mim, claro. Para a semana, serão outros, com toda a certeza.

Morrissey - You are the quarry
Kings of Convenience - Riot on an empty street
Quinteto Tati - Exílio
Rodrigo Leão - Cinema
Arthur Russell - Calling out of Context
Magnetic Fields - I
Sonic Youth - Sonic nurse
Air - Talkie Walkie

Olho para o negócio!

É o que se pode dizer dos donos das agências funerárias ao lado do Instituto de Medicina Legal de Lisboa. Contei duas.

Ali parece que está mais fresco...

Incógnito

O Incógnito é a minha discoteca. E é a melhor. A sério. Não ia brincar com uma coisa destas. Já vou lá há muitos anos. Sempre me dei bem com o pessoal, com a música e com o ambiente. Já levei muita gente lá. Cinquenta por cento, não gostou. Quarenta por cento achou interessante, mas não regressou. Mas os outros dez tornaram-se clientes assíduos. Não é fácil gostar do Incógnito. É preciso em primeiro lugar gostar de música. De boa música. E para isso é preciso ouvir muita porcaria também. Por isso, pouca gente gosta do Incógnito. Não têm paciência para descobrir novos sons. Eu não me importo. Prefiro o Incógnito tal como ele é. Pequenino e com os seus clientes habituais. E com a música a que me acostumei a ouvir lá, ao longo destes tempos. É assim que eu gosto. E era assim que estava esta noite.

sexta-feira, julho 23, 2004

Carlos Paredes

Carlos Paredes morreu. Em verdade, vos digo, havia dias em que pensei que já tivesse morrido, há muito tempo. Por vezes, tinha de fazer uma pesquisa na net, para ter realmente a certeza. Descobria que não, mas tempos depois a incerteza apoquentava-me outra vez e lá ia à procura de uma data que não existia. Desta vez, é mesmo verdade. Carlos Paredes morreu. Doença triste a dele que o deixara acamado há não sei quanto tempo. Muito tempo, pelos vistos. E impedido de fazer o que mais gostava. E azar o nosso, porque nunca mais vamos poder ouvir tocar um dos maiores guitarristas, senão o maior, de guitarra portuguesa. Temos os discos. Temos a obra. É o que nos vale.

País esquecido.

Vou pela rua e continuo a ver muitas bandeiras portuguesas nas varandas, nas montras e nos carros. O que há meia dúzia de dias atrás tinha sentido e era motivo de orgulho, agora deixou de ter e de o ser. Parece que as pessoas esqueceram-se das bandeiras penduradas. Bandeiras sujas e rasgadas não dignificam país nenhum. Só mostram sinais de decadência.

quinta-feira, julho 22, 2004

«Don't call me whitey, nigger!»

quarta-feira, julho 21, 2004

13 de Setembro

Neste momento, é sem dúvida o dia deste ano mais aguardado por mim. E para muitos jovens rebarbados que, como eu, quando jovens adolescentes sonhavam e babavam-se com essa deusa, de seu nome, Madonna. Ao que parece confirma-se. Ela vem mesmo a Portugal. E eu quero estar nas primeiras filas.

Olha, agora deu-me para isto...

Hoje vi uma andorinha. Parecia que voava cheia de alegria e de confiança. Não resisti. Peguei nas minhas asas e levantei voo. Queria segui-la. Sentir um pouco daquela alegria. Não é que a puta da andorinha começou a dar voltas e voltas, indo e voltando sempre ao mesmo sítio! É pá, fiquei indignado. E chateado. Desisti de a seguir. Comecei a descer. Como estava próximo do Bairro Alto, aproveitei e aterrei por lá. Entrei numa tasca e pedi uma aguardente velha. Bebi de uma só vez. E vim para casa. A pé, claro. E chateado.

Times Square


Nota: Reparei que as fotos tiradas à noite têm um maior impacto sobre as pessoas. Confesso que a mim, também. Especialmente esta, que foi tirada sem tripé e com os copos. Penso que devem ter sido estes últimos que me tiraram o tremelique habitual das mãos.

Realizadores que apareceram à relativamente pouco tempo e que correm o risco de se juntar à lista anterior...

P. T. Anderson
Spike Jonze
Michel Gondry
Sofia Coppola

Realizadores que me fizeram olhar o cinema de outra forma e que se confundem com os meus realizadores preferidos...

Quentin Tarantino
David Lynch
Stanley Kubrick
Steven Spielberg
 
São adorados e venerados por muita gente. Não sou excepção.

«I never wanted to kill, I AM NOT NATURALLY EVIL»

terça-feira, julho 20, 2004

Um momento de reflexão.

Na semana passada terminaram as aulas de Yoga deste ano lectivo. E para mim, talvez, definitivamente. Definitivamente, porque, honestamente, não sei se em Setembro volto a inscrever-me. Já andava a ficar saturado do Yoga. Sempre gostei mais da parte física e praticamente nada da espiritual. E, ultimamente, as aulas estavam a ser demasiado orientadas para o lado que menos gosto. O que me estava a chatear. Tanto, que nas últimas semanas estava a ter em média uma aula por semana, em vez das duas. E eu detesto faltar aos meus compromissos.
Provavelmente vou arrepender-me do que estou a escrever aqui e em Setembro inscrevo-me outra vez, tal como aconteceu no ano passado, quando também pensei em desistir. O facto é que sinto um alívio por as aulas terem terminado. E com vontade de experimentar coisas diferentes e mais, sei lá, activas, por assim dizer. E até já pensei numa próxima modalidade para praticar. Estava a pensar no boxe. Dar e levar porrada. É, o boxe é capaz de ser mesmo o que estou a precisar. Pelo menos, para ver se paro de ter certas ideias.

Olhe, sefaxfavor, era uma Coca-cola de laranja!

Coisas que me irritam...

Como melómano que sou, compro muitos discos. Recentes, antigos, usados, reedições, enfim, tudo o que posso e por vezes o que não posso. Mas há uma coisa que me irrita profundamente nas reedições. O mau hábito que as editoras têm de acrescentar faixas extra. A sensação que fico quando compro o disco é que não é o original. Que não é obra-prima que os críticos incessaram durante anos e anos. E geralmente, tenho razão. A maior parte das faixas extra é lixo. Não devia ser por acaso que geralmente não saíam nas edições originais. O que me interessa as demos de uma e determinada canção quando há o original? Nada. Ou o que me interessam as canções que sobejaram das gravações? Outra vez, nada. Se não entraram, era porque já não interessavam. Ou o que me interessa o lado B do single que saiu no Japão? Pouco. Só por curiosidade. Nada mais.
Eu acredito que quando um artista lança um disco, escolhe o melhor que fez e é isso que quer mostrar. O resto? O resto são rascunhos que não deviam ser mostrados. Mas os artistas são em parte culpados. Não deviam deixar isto acontecer. Estas canções a serem disponibilizadas, deviam apenas ser disponibilizadas separadamente e para quem quisesse. Gratuitamente, claro.  É claro, existem excepções. Mas são poucas. Garanto-vos.

«If you want to seeeeeeeeeeee me...sorry, but I'm not around»

segunda-feira, julho 19, 2004

Born to be bad II

E não é que hoje recusei ir a um outro casamento. Desta vez nem dei justificação. E não senti, nem sinto qualquer remorso. Apenas alívio.

E lá ao longe, bem ao longe, consegue-se ver, com algum esforço - é certo - o Coliseu do Porto.


Um pequeno esclarecimento...

...impõe-se a propósito do nome escolhido para este blog, Inominável. Não quero enganar ninguém. O nome não tem nada a ver com o livro de Samuel Beckett, "O Inominável". Não comecem a ler o blog à espera de encontrar referências a Beckett que não encontram. Não tenho jeito para isso. A única coisa que fui buscar ao autor foi o nome do livro para este blog. Livro esse, que diga-se, não é nada fácil de ler. Pelo menos, eu não percebi. Se calhar, volto a pegar no livro. Talvez nas férias, sossegado, concentrado. Talvez assim, consiga perceber. Talvez, não sei... Mas estava a falar do nome do blog e a sua não-relação com Beckett. Precisava de um nome e ao olhar para os livros na estante, este foi o que mais depressa saltou à vista e que mais tinha estilo para título de blog. Nada a ver com Beckett. Juro. Aos admiradores de Beckett, desculpem lá o desvio por este humilde sítio que de Beckett, apesar de gostar e achar interessante, pouco tem e (quase) nada percebe.

E agora...

...um pequeno momento de poesia por W. B. Yeats.  Sobre duas coisas que muito me aprazem, as mulheres e a bebida. E a sua combinação. Mas isto não é novidade. Afinal, qual o homem decente que é capaz de dizer não a qualquer uma delas?
 
A DRINKING SONG

WINE comes in at the mouth
And love comes in at the eye;
That's all we shall know for truth
Before we grow old and die.
I lift the glass to my mouth,
I look at you, and I sigh.

W. B. Yeats

domingo, julho 18, 2004

Os reis. Outra vez.*

Agora era para falar do single de lançamento do albúm. Mas, pura e simplesmente, não tenho palavras. É, é...olha, não consigo. O que querem? Estou realmente fascinado com este disco. Mas prometo que não digo mais nada hoje. Fiquem com a letra. 

Misread

If you want to be my friend, and you want us to get along - please do not expect me to wrap it up and keep it there. The observation I am doing could easily be understood as cynical demeanour, but one of us misread - what do you know, it happened again. A friend is not a means you utilize to get somewhere, somehow didn't notice, friendship is an end - what do you know, it happened again. How come no one told me, all throughout history, the loneliest people were the ones who always spoke their truth? The ones who made a difference withstanding indifference. I guess it's up to me now - should I take that risk, or just smile? - what do you know, it happened again.
 
Kings of Convenience.

*Reeditado, porque me apeteceu.

Yann Arthus-Bertrand

É o autor das fotografias que estão em exposição na Praça do Comércio. Chama-se "A Terra vista do céu". E como o próprio nome indica são fotos tiradas "de cima". De um helicóptero, variando a altitude entre 30 e 3000 metros. Vale a pena ver alguns dos efeitos obtidos. Para quem não tiver nada para fazer ou não se lembre de nada interessante para fazer, esta é uma boa sugestão. Pelo menos, foi o que fiz ontem de manhã. E ainda não me arrependi.

Os reis.


 
Gosto muito do novo disco dos Kings of Convenience. Desde que comprei, ontem à tarde, que tem sido ouvido quase ininterruptamente. Quase, porque também comprei o novo dos The Streets e estive a ouvi-lo também. Mas o momento actual pertence, sem dúvida, aos rapazes da Noruega. Canções simples, compostas praticamente à guitarra. Vozes calmas e bonitas. Letras simples e interessantes. Perfeito para ouvir nos fins de tarde de Verão, transmitindo sensações de paz e harmonia, enquanto se vai bebendo o gin tónico antes do jantar.  Obrigatório para pessoas de bom gosto.

Algumas razões para ir ver o Homem - Aranha 2...

1. Foi filmado em Manhattan.  Sem sombra de dúvida, a minha cidade preferida. Mas não para trabalhar. Para isso, fico por Lisboa. 
2. É sobre um dos meus heróis de adolescência, the cool of the coolest dos heróis, the amazing spider-man. Lia praticamente tudo o que saía do aracnídeo. Depois, parei. Começou a tornar-se um pouco como uma novela. Agora, sinto saudades.
3. A história é muito melhor do que a do primeiro filme. Foca mais o lado Peter Parker e os seus problemas.
4. São quase duas horas e meia de acção, boa disposição e muito entretenimento.  E do bom.
5. Por último e talvez a razão mais importante, conta com a presença desta senhora, Miss Kirsten Dunst.  Deus existe e é homem. A Kirsten Dunst é a prova viva.
 
 

«It's about time someone save your life!»

sexta-feira, julho 16, 2004

Só coisas boas...

Não basta ser sexta-feira, véspera de fim de semana, como também acabo de ler a notícia de que Leonard Cohen vai editar um novo disco. Ainda por cima no dia dos meus anos. Só me resta dizer, Um muito obrigado, Mr. Cohen.
 

Ouçam, é um bom conselho...

Fazendo uma ronda mais alargada pela blogosfera, isto é, passando por outros sítios que não os habituais, constatei que, na maior parte dos sítios, sofre-se muito por amor,  de amores e desamores. Acho isso triste. Mais, acho deprimente. O meu conselho? Não pensem muito nisso, as coisas vêm quando têm de vir. O amor é uma coisa muito complicada, não vale a pena gastar latim. Falem de coisas mais simples.  Pronto. Fim do conselho. Prometo não fazer mais isto.

quinta-feira, julho 15, 2004

Coisas que me irritam...

Estar sentado num café, depois de ter consumido alguma coisa e interromperem-me para levantar a mesa, antes de me ir embora. Não é preciso muito mais para não gostar da pessoa que me faz isso.  Caraças, pá... Que falta de respeito. 

«Ó tempo, volta p'ra trás...»

Ao fim da tarde e já cansado de coçar os tomates, sou afligido por um sentimento de nostalgia. Lembrei-me, que da última vez que fui ao LUX, que o "puff", que ficava por baixo da escada de acesso ao terraço, já lá não está. E senti saudades...

quarta-feira, julho 14, 2004

«Jazz is the last refuge of the untalented. Jazz musicians enjoy themselves far more than anyone who listens to.»

Se não é assim, é parecido com o que Steve Coogan, na pele de Tony Wilson, diz no filme "24 Hour Party People". Isto vem a propósito do concerto de Carlos Bica, que acabei de assistir no centro Vasco da Gama, no âmbito do programa "4ª feiras culturais". Os músicos vibram com a música que fazem. E por muito bom que seja para quem ouve, como foi o caso do concerto desta noite, nunca o prazer de quem ouve consegue superar o gozo dos que tocam. Pelo menos a ver pelas caretas que fazem.
Quanto à primeira parte da citação, é só inveja...

Saudade!



E logo ali à frente fica o meu areal preferido deste meu Portugal. A um mês e picos das férias, com este calor, as saudades já são mais que muitas...

terça-feira, julho 13, 2004

Os cinco discos que mais tocaram cá em casa, nos últimos dias.

Listas de discos, de canções, de filmes. Do que gosto e do que odeio. Adoro fazer estas listas. São manias. Esta é a primeira. Muitas se seguirão. Podem crer que sim. Principalmente, quando não tiver nada de interessante para escrever aqui - como se escrevesse alguma coisa de interessante. Provavelmente, encontrarão muitas incoerências ao longo do tempo. Não faz mal. Faz parte de mim. E só a mim interessa. Desculpem o egoísmo. Também faz parte de mim.
E para a primeira lista escolhi uma coisa simples. Os discos que mais têm tocado cá em casa. E estes são:

Rodrigo Leão - Cinema
Arthur Russell - The world of Arthur Russell
The Flaming Lips - Yoshimi Battles the pink robots
The Matthew Herbert Big Band - Goodbye Swingtime
Spektrum - Enter the Spektrum

E depois...

...de um mês de euforia e orgulho em Portugal, a bandeira foi retirada da varanda e foi a lavar. Quando voltará a sair à rua? Não sei. Aguardemos.

«How does it feel, to bee loooooooooooooved?»

Born to be bad!

Um amigo meu vai casar no próximo Sábado. O mesmo amigo a cuja despedida de solteiro recusei ir. E esta noite disse-lhe que não ia ao casamento. Sem querer entrar em pormenores, pura e simplesmente, disse que não. Tenho as minhas razões, ou pelo acho que tenho e creio serem válidas. Mas não é fácil dizer uma coisa destas. Não é fácil, não senhor. Pelo menos a cinco dias do casório. Mas disse. E não me sinto mal com isso. Estou cada vez mais insensível. É um facto.

segunda-feira, julho 12, 2004

Por um mundo mais atraente e, digamos, sexy...

...devia haver mais mulheres a usarem saia. De ganga, de preferência. Digo eu.

domingo, julho 11, 2004

Serviço público.

Um sítio a visitar. E depois de ver na Net, ir à procura das exposições nos locais. Eu já vi a exposição que se encontra no Castelo de S. Jorge. E recomendo.

O grande mal dos lugares turísticos...

...é estar cheio de turistas. Mas a culpa não é deles. Eles têm bom gosto e gostam de visitar os nossos monumentos, os nossos museus, os nossos miradouros, os nossos parques, os nossos jardins, etc. A culpa é dos locais. Dos que vivem cá. Que não usufruem do que têm. Falo de Portugal, claro. E de mim. Mas não são todos, claro. Mal estaríamos nós se assim não fosse.

O que dizer da actual situação política do país?

Não muito. Desejar boa sorte ao Santana Lopes. Chamar criancinha ao Ferro Rodrigues. E penso que não tenho mainada para dizer.

Uma foto mal tirada.

Eu sei. Devia ter escondido a camera. Ficava mais giro, não era? Mas agora já não há nada a fazer. Portanto, não me chateiem...

Ponto importante a lembrar a quando da próxima vez no Festival do Meco.

Fixar bem o lugar onde o carro ficou estacionado. Este aviso serve para toda a gente. Vi lá pessoas que já andavam à procura do seu carro há mais de uma hora. Nós tivemos sorte. Só andamos perdidos uma meia hora.

O Inominável no Meco.

A segunda vez que lá vou. E nem sequer estava a pensar ir. Um amigo, uma ex-namorada dele e um bocadinho de sorte e foi mais que suficiente para nos pormos a caminho do Meco. Com a experiência que tenho de festivais, o do Meco é sem dúvida, o que tem atraído mais a chamada "beautiful people". Mulheres bonitas por todo o lado. E só por isso já vale a ida ao Meco. É claro, há, também, uma grande concentração de paneleiros. Enfim, nem tudo é perfeito.

Mas apesar de tudo este ano esteve longe da enchente do ano passado. Existem razões para isso e o cartaz era a maior. Não que fosse mau. Não tinha era nomes como Bjork e Moby para atrair as multidões. Mas tinha Moloko e Herbert. Nomes mais que suficientes para eu ir até lá. Tinha ainda Peaches, mas para essa não há grande paciência. Moloko já os tinha visto. E tinha ficado impressionado com a presença em palco. Desta vez, excederam-se. Presença fortíssima em palco e a contagiar tudo e todos. Momentos altos, "Sing it back" e "The time is now", como não poderia deixar de ser.
Herbert é um senhor. E um mestre do sampler. E com a ajuda da "big band" produziu um dos concertos mais originais que já vi. Criando e reproduzindo sons na hora usando as mais diversas fontes, como o barulho de uma colher a tocar num copo, um jornal a ser rasgado, um sopro de um balão, etc. Só visto e ouvido. Muito bom. Quanto a Peaches não houve paciência para ver o concerto todo. Aborrecido e desinteressante. As tendas de dança estavam muito mais interessantes.

quinta-feira, julho 08, 2004

«I don't need you to tell me how good my coffee is. I'm the one who buys it, I know how fuckin' good it is.»

À noite, em Évora.

Há qualquer coisa nesta fotografia, que me fez gostar dela desde o primeiro momento. Penso ser a luz. É, deve ser a luz...

Amor ao Sudoeste.

Neste caso, o amor chama-se Love. A banda dos anos 60. Uma das mais influentes, ao que dizem. E também uma daquelas que lançou um daqueles albúns que fazem obrigatoriamente parte de todas as listas de melhores de sempre. Pelo menos da minha lista. Vão ao Festival do Sudoeste. Mais uma boa razão, entre muitas outras, para no principio de Agosto, dar um passeio até à Zambujeira do Mar.

«Ah, que se passariam muito melhor as guerras se as armas não fossem tão barulhentas...»

"Os Alferes", Mário de Carvalho.

quarta-feira, julho 07, 2004

Love will tear us apart

Provavelmente, a canção que mais vezes ouvi nos dez últimos anos. Ou seja, desde que me lembro de a conhecer. Havia alturas em que chegava a ouvi-la mais de dez vezes seguidas. Retorno sempre a ela. Arrepio-me sempre que ouço os cinco segundos iniciais. Os Joy Division não precisavam de fazer mais canções. Seriam eternamente reconhecidos só por esta canção. Que encerra uma das mais terríveis verdades da vida. O comodismo do amor. Há canções assim.

Love will tear us apart



When routine bites hard,
And ambitions are low,
And resentment rides high,
But emotions won't grow,
And we're changing our ways, taking different roads.

Then love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

Why is the bedroom so cold?
You've turned away on your side.
Is my timing that flawed?
Our respect runs so dry.
Yet there's still this appeal that we've kept through our lives.

But love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

You cry out in your sleep,
All my failingsexposed.
And there's a taste in my mouth,
As desperation takes hold.
Just that something so good just can't function no more.

But love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

Uma cabeça e um prédio.

A cabeça que se meteu à frente ou o prédio que "se colocou" por detrás? Ou será que foi de propósito? Não me lembro. Às vezes, pergunto-me, se algumas das obras que se produzem, não serão fruto do acaso? Uma feliz coincidência de conjugação de factores? Atenção, não quero, de nenhuma forma, menosprezar o trabalho dos artistas. Foi só uma ideia que me passou pela cabeça. Mas já passou.

«Now if any of you sonsofabitches got anything else to say, now's the fuckin time...»

terça-feira, julho 06, 2004

Um quarto de hotel.

Talvez no Hilton. Talvez em Nova Iorque. Mas podia ser noutro lado qualquer. Ou não?

segunda-feira, julho 05, 2004

This is the station.

Jimmy Jump

Para quem não sabe. E eu não sabia também, a ligação acima é para a página do invasor de campo do Portugal - Grécia. Achei piada ao golo que marcou. E não achei piada nenhuma quando atirou a bandeira do Barcelona ao Figo. Não se faz.

O que eu tenho contra as despedidas de solteiro?

Nada de especial. Simplesmente, prefiro não ir. ORGANIZADORES DE DESPEDIDAS DE SOLTEIRO DE AMIGOS, SE ME ESTIVEREM A LER, POR FAVOR NÃO ME CONVIDEM. Não fico chateado. A sério. Posso ser muito amigo do noivo, mas não sou amigo para despedidas de solteiro.
Hoje recusei ir a uma. É a de um bom amigo meu. Pedi desculpa às pessoas que estavam a organizar - que mal as conheço - por estar a recusar. Estas ao que parece, não levaram a bem a minha recusa. Disseram-me que devia pedir desculpa era ao noivo e não a eles. Sinceramente, não acho que tenha que pedir desculpas ao noivo. Para além do mais se eu fosse a contar que eles querem fazer-lhe, ele provavelmente agradeceria-me e fugiria. Mas isto não interessa, é só para explicar porque razão estou a escrever isto. O que interessa, vem já a seguir.
Desculpem-me, mas acho todas as despedidas de solteiro ridículas. Já fui a algumas e presenciei muitas. E tem sido sempre a piorar. Os noivos são sujeitos a coisas cada vez mais envergonhantes. Principalmente, as raparigas. E os únicos que parecem divertir-se à grande são os amigos dos noivos. Eles adoram o strip, a bebedeira, a humilhação do amigo...Enfim, é uma alegria. E para alegrias dessas, não tenho paciência. Nenhuma.
No espaço de um mês, fui duas vezes ao cabeleireiro. Serei metrossexual?

O que mais me irrita esta noite!

Alguns comentadores a dizerem que deve-se cumprimentar a Grécia. Quero é que eles se fodam. Estou farto dos portugueses mansinhos, adeptos das vitórias morais. Esta noite é preciso chorar a derrota. Amanhã, é outro dia. Mas hoje há que chorar. Perdemos. E não merecíamos.

sexta-feira, julho 02, 2004

Melodias de Verão

"Shout to the top" é provavelmente a canção mais conhecida dos Style Council. E é uma daquelas melodias perfeitas para ouvir no Verão. Era neste campo que os Style Council, mostravam o melhor que tinham. A capacidade de produzir canções refrescantes e agradáveis. Perfeitas para dançar em esplanadas de gosto refinado.
Atentem à letra, é uma lição de vida a todos os pessimistas deste mundo. O que é como que dizer, aos chatos deste mundo...

Shout to the top

I was half in mind - I was half in need,
And as the rain came down - I dropped to my knees and prayed
I said oh heavenly thing - please cleanse my soul,
I’ve seen all on offer and I’m not impressed at all.
I was halfway home - I was half insane,
And every shop window I looked in just looked the same
I said send me a sign to save my life
’cause at this moment in time there is nothing certain in
These day’s of mine

Y’see it’s a frightening thing when it dawns upon you
That I know as much as the day I was born
And though I wasn’t asked (I might as well stay)
And promise myself each and every day - that -

When you’re knocked on your back - an’ your life’s a flop
And when you’re down on the bottom there’s nothing else
But to shout to the top - shout!

Lyrics by Paul Weller.

«I Phil Cólicas!»

Amanhã, em Alvalade, outra vez. Mas desta vez é a ultima, ao que parece. O homem vai se despedir dos palcos e esta digressão serve para isso mesmo, para as despedidas. Uma despedida, que verdade seja dita, peca por ser tardia. Devia ter sido em meados dos anos 80. Mas, enfim, já lá diz o ditado, mais vale tarde do que nunca, e por isso agradecemos. E só por isso talvez - talvez, apenas - até vá ao concerto, nem que seja para ouvir o homem cantar pela última vez o Sussudio. Oh, oh.

Cordão humano? Estão a brincar, só podem...

Li que uma das iniciativas no Domingo, dia da final do Euro 2004, é fazer um cordão humano entre a Ponte Vasco da Gama e o Estádio da Luz. Um cordão humano? Valha-me Deus e todos os seus anjinhos. Apoiar a selecção, tudo bem. E tenho apoiado desde o ínicio. Agora entrar em exageros é que não. O Scolari é que vai ficar radiante.

Pausa...

...nas citações sobre respiração, para dizer uma coisa que me está entalada - salvo seja - desde ontem à noite: "Foda-se, nós não podemos perder com os gregos, como a Rep. Checa perdeu. Os gajos nem jogar à bola sabem!!"
Fica assim registado o desabafo. Assim que for possível, a emissão será retomada com provavelmente mais citações sobre respiração. Ou talvez não. Ainda não sei. Ai, decisões, decisões,...puta que as pariu...

"All I want is to breathe, won't you breathe with me?"

quinta-feira, julho 01, 2004

"You're breathing like you just been fuckin. Calm down..."

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